A comida desempenha um papel fundamental dentro das religiões de matriz africana. É comum o uso dos termos Ebós, Oferendas, “frentes” e comidas rituais dentro de terreiros, mas qual é o significado de cada um deles?
Muitas vezes os filhos de santo não sabem definir e muito menos como usar o axé da comida, por isso resolvi escrever este post. Primeiro passo é esclarecer o uso da comida de acordo com a sua finalidade ritual.
Vamos falar inicialmente do que é um Ebó. O alimento normalmente constitui parte de um Ebó. São rituais que visam corrigir várias deficiências na vida de um ser humano (saúde, amor, prosperidade, trabalho profissional, equilíbrio, harmonia familiar, etc.), bem como realizar limpezas espirituais. A composição de cada Ebó depende da sua finalidade e a quem são direcionados, e os seus componentes vão desde bebidas a frutas, folhas, velas, adornos, alimentos secos, mel, óleo de palma, louças, artefatos de barro ou ágata, etc..
As oferendas por sua vez são compostas por alimentos de origem vegetal (frutas, legumes, cerais e outros), de origem animal (carnes, ovos, etc.), bebidas, flores, louças e adereços que servem para oferecer aos Orixás, como um pedido para se alcançar uma graça, bem como para agradecer, homenagear um Orixá ou entidade, fortalecendo os nossos vínculos com o sagrado.
Cada Orixá ou entidade tem os seus respectivos alimentos, as suas flores, as suas cores, as suas bebidas e a sua forma particular de culto, orações e invocações.
Todas as vezes que vamos fazer uma oferenda devemos utilizar o material específico para tal, dando preferência a utilizar material novo, sem substituir um material por outro, usar o que a receita pede e manter o pensamento firme no que se deseja.
E por fim, a comida ritual é todo alimento utilizado para fazer parte dos Ebós, Oferendas e também para alimentação ritual dos integrantes de uma Casa de Santo, seja durante a execução de preceitos, como também em festas e confraternizações.
A título de conhecimento segue uma pequena relação de comidas rituais utilizadas em terreiros.
Acarajé
Comida principal do ritual do Orixá Oyá. Na África, é chamado de àkàrà que significa bola de fogo, enquanto je possui o significado de comer. No Brasil foram reunidas as duas palavras numa só, acara-je, ou seja, “comer bola de fogo”. O acarajé é feito com feijão-fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaços grandes e colocado de molho na água para soltar a casca. Após retirar toda a casca, passar novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescenta-se cebola ralada e um pouco de sal. Para fritar, use um tacho com bastante azeite-de-dendê. O azeite deve estar bem quente antes de colocar o primeiro acarajé para fritar. Os primeiros sete acarajés são oferecidos imediatamente a Exu na rua no portão de Casa. Além de Oyá, Xangô, Obá e Exu aceitam e apreciam o Acarajé.
Ado é uma Comida ritual feita de milho vermelho torrado e moído em moinho e temperado com azeite de dendê e mel, é oferecido principalmente a Orixá Oxum.
Ajebo ou ajébo é comida ritual do Orixá Xangô Ayrá, é feito com seis quiabos cortado em “lasca”, batido com quatro claras de ovos e pode ser regado com gotas de mel de abelha e azeite doce. Há também o Abeoajebó para Oxalá que é batido sem nenhum ingrediente,
Amalá é comida ritual votiva do Orixá Xangô, Oyá, Ibeji e Obá, e é feito com quiabo bem picado, cebola ralada, camarão seco ralado, sal, azeite de dendê. Pode ser feito de várias maneiras para cada Orixá, inclusive no ritual de Ibeji é chamado de Caruru.
Axoxô é como é conhecida a comida ritual do Orixá Oxóssi no que consiste em milho vermelho cozido e enfeitado com fatias de coco sem casca.
Deburú é a comida ritual do Orixá Obaluaiyê/Omolu, é o milho de pipoca estourado em uma panela forrada com areia da praia lavada e seca. Ao final, a pipoca é enfeitada com pedacinhos de coco. Pode-se forrar o alguidar com uma folha de mamona.
Ebô, palavra oriunda do iorubá, consiste num alimento religioso e votivo para os orixás funfun (branco) Oxalá, dentro das religiões afro-brasileiras. É o milho branco bem lavado, cozido sem tempero e sem sal.
Ebôya pode-se utilizar o milho branco ou fava de Iemanjá, é uma comida ritual feito com fava cozida refogado com cebola, camarão, azeite de dendê ou azeite doce. Tem também o Dibô, feita com arroz branco cozido temperado com camarão seco, e cebola. Essas comidas são oferecidas para Iemanjá e também para o Orí substituindo o azeite de dendê pelo azeite doce.
Erã peterê é preparado com cubos de carne de boi de preferência 21 tipos de carne, refogada no dendê e cebola, prato que Ogum aprecia muito.
Ekuru é uma comida ritual. A massa é preparada da mesma forma que a massa do acarajé, feijão fradinho sem casca triturado, envolto em folhas de bananeira como o acaçá e cozido no vapor e sem sal, apreciado por Obá.
Farofa Farofa-de-dendê, farofa amarela, farofa vermelha, farofa de azeite ou farofa, farofa de cachaça, de água, farofa de ovos, etc. Vários orixás apreciam a farofa, menos Oxalá.
Furá são bolas de farinha crua, farinha de milho, farinha de acarajé, etc. Tem também as bolas de Ixú (inhame do norte) muita apreciada por Oxaguiã.
Ipeté é uma comida especial de Oxum determinando o fim do ciclo de uma obrigação ou das águas, feita com inhame, azeite de dendê, cebola ralada, gengibre, camarão seco e sal.
Lelê milho vermelho, coco ralado, açúcar e leite de coco, muito apreciado por Odé, Oyá.
Omolocum comida ritual do Orixá Oxum, é feito com feijão fradinho cozido, refogado com cebola ralada, camarão seco, sal, azeite de dendê ou azeite doce. Enfeitado com camarões inteiros e 5 ovos cozidos inteiros sem casca.
Efó é uma comida ritual e da culinária baiana, pode ser feita com a folha chamada língua de vaca ou com folha de mostarda, apreciada por Nanã.
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